quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Infeliz falha no sistema

  Venho por meio deste relatar um assustador fato ocorrido hoje, 29/09/2010, quarta-feira às 14:30. Para informação de todos sou aluna na facom (faculdade de comunicação da ufba), estou no meu primeiro semestre e junto com mais três amigos fui obrigada a passar por uma experiência traumatizante. Não vou citar aqui coisas que ocorrem comumente dentro do meio universitário (como trote, ou brincadeirinhas feitas por veteranos), mas sim uma situação de atentado a ordem pública, em especial quando se trata de uma instituição federal de nome tão grande no país. Você, adolescente, espera entrar na universidade, se preparar para se lançar no mercado de trabalho e aproveitar cada momento de diversão naquele meio, desfrutando de toda comodidade e segurança que a instituição oferece. Em meio a esses sonhos de universitário recém chegado, nunca, mas nunca mesmo, você espera que numa tarde como em outra qualquer, ao se reunir com seus amigos no andar térreo do prédio onde vocês estudam, dentro da universidade (e repito: DENTRO DA UNIVERSIDADE), quando vocês estão preparando um seminário que deverá ser apresentado no dia seguinte, produzindo os recursos visuais que devem ser usados na apresentação com a ajuda de um computador portátil (um laptop) em seus colos, vá aparecer um indivíduo, aparentemente inofensivo, apontando uma arma (bastante enferrujada, é verdade, mas ainda assim é uma arma e pode matar) para você e seus amigos, enquanto arranca de suas pernas o aparelho eletrônico ao mesmo tempo que ameaça verbalmente a todos os quatro: "quietinhos, quem falar alguma coisa morre".
  Após o susto do momento, e sem nem mesmo nos recuperar, vou eu e meu amigo (proprietário do computador que estava em minha posse) prestar queixa na central de segurança da universidade, onde somos informados que nada poderia ser feito para nos ajudar, além de que o meliante, suspeita-se, é o mesmo que em outros momentos realizou atos criminosos dentro da própria universidade com outras pessoas (vejam que ironia, ele é um problema antigo da universidade, e mesmo assim consegue até hoje entrar pela portaria principal do campus, passando pelas guaritas sem qualquer fiscalização). Depois de nada resolvido temos que ir a polícia civil prestar queixa, porém esta não é registrada devido a uma velha briga entre a polícia civil e a universidade. A responsabilidade do caso é então da polícia federal, onde de antemão recebemos a informação de que também não seria registrada a queixa porque o caso não era da importância desta. Sobra-nos então a própria instituição (que já recebeu reclamações sobre a falta de segurança nos campus antes do acontecido, porém deixou o caso para segundo plano, como se não fosse   emergencial). Resolvi relatar o fato aqui, com a certeza de que não vou deixar o caso passar batido, ainda há muito o que se fazer em relação a este assunto, para que outros alunos não passem pelo trauma que passei com meus colegas, que ficaram tão chocados quanto eu. 

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Sei de onde vim
Só não sei pra onde vou
Os anjos me perseguem
E um demônio me amaldiçoou
Tento lembrar de mim
Porque nem Deus lembra quem sou.
Ando ao lado do azar
Tenho o corpo fechado pra sorte
Até o inferno me rejeita
E meu santo não é forte
Vou sendo sagaz na vida
Pra tentar enganar a morte.
Arranjo cá meus inimigos
Depois perdou cada um
Para a luta tenho parceiros
E até já caíram alguns
Mas levo a cabeça erguida
Sob a proteção de Ogum.
Peço à minha mãe Iansã
Que ela possa me acalentar
Sei que meu QI é baixo
Por isso me ponho em meu lugar
Vou aprendendo aos poucos
Mas ainda tenho mania de errar
Levo a vida com humildade
E um dia chego lá.
By Sara Prado

terça-feira, 1 de junho de 2010

Quero um dia de chuva rala
Que lave todo esse horror
Quero nuvens rosas que cubram
Todo esse mundo de amor
E ainda que alguns chorem
Quero os bons amigos para o consolo da dor.
Quero a inocência de uma criança
E a filosofia dos loucos
As declarações mais patéticas
E quero ainda o amor de uns aos outros.
Quero mil realizações
Para os que desejam pouco.
Quero as pessoas aos pares
Formando belos casais
Quero que todos se portem
Como amigos, como irmãos, como iguais.
Quero a magia de um sonho
Para quem nunca sonhou
E quero ainda que caia a ultima folha da árvore
Anunciando que o novo tempo chegou.
By Sara Prado